Histórica

Três relatos dos festejos de N. Sra. da Purificação (1722, 1950 e 1980)


praça da purificação 1 (ibge)

Santo Amaro vive mais uma festa de sua padroeira, a doce Mãe da Purificação. Aproveito o ensejo para compartilhar aqui Três relatos dos festejos de Nossa Senhora da Purificação: um de 1722, feito por Frei Agostinho de Santa Maria, através das informações dadas pelo Pe. Manoel Telles, então Vigário da Purificação; outro de 1950, feito por Herundino da Costa Leal, político nascido em Santo Amaro; e, por último, um relato feito em 1980 por José Silveira, o renomado médico santamarense.

Vale muito a pena ler os relatos porque eles revelam especificidades da festa em cada tempo, fazendo-nos perceber a evolução da festa ao decorrer do anos. Com Frei Agostinho, por exemplo, sabemos que, em 1722, a festa era um tríduo e não um novenário. Sendo a procissão no terceiro dia do tríduo. Frei Agostinho nos faz saber também que havia na Paróquia  uma Irmandade de Nossa Senhora da Purificação. Não se trata da Irmandade do Santíssimo Sacramento que hoje conhecemos, porque esta foi fundada em 1812. Mas sim uma Irmandade de Nossa Senhora da Purificação.

Com Herundino da Costa Leal, ficamos sabendo que era a Banda de Música do 3º Corpo Policial que ministrava a música das novenas e que a lavagem acontecia no dia 31 de janeiro e não no Domingo anterior ao dia 02 de fevereiro, como acontece hoje. A imagem de Santo Amaro era transladada de sua igreja para a Matriz da Purificação às 09h da manhã do dia 02 de fevereiro, para a missa festiva da Padroeira. No dia 03, era a missa festiva de Santo Amaro; no dia 04, fazia-se uma missa festiva do Santíssimo Sacramento; e só no dia 05 acontecia a procissão.

No relato de José Silveira, a a missa do padroeiro Santo Amaro acontecia dia 1º de fevereiro. No dia 2, a de Nossa Senhora; no dia 3, a da Irmandade do Sacramento. No dia 5, a solene procissão.

Os detalhes trazidos por cada autor são maravilhosos. Vale a pena serem lidos.

Concluo esse pequeno texto com uma foto de um dia de festa da padroeira, na primeira metade do séc. XIX, provavelmente anterior a 1856, porque o Chafariz da Praça da Purificação foi instalado nesse ano e na foto ainda não há o chafariz.

praça da purificação
TEIXEIRA, Osvaldo Augusto. Uma viagem à Bahia da segunda metade do século XIX, vol. 2, 2011,  p. 173.
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